VAMOS FALAR DE HERPES LABIAL RECORRENTE?
O herpes simples recorrente ou
herpes labial cíclico é uma infecção causada geralmente pelo vírus Herpes
simplex do tipo 1, ou HSV-1. O vírus se propaga pelo sistema nervoso e quando a
infecção se manifesta, é possível caracterizar a doença pelas lesões na região
da boca, que surgem como bolhas doloridas e possuem grande capacidade de
contágio e disseminação pelo contato com a pessoa infectada.
Fatores que podem reativar o
vírus e resultar em um surto de herpes recorrente incluem o seguinte:
· Infecção que diminua a resistência
· Exposição solar
· Estresse físico ou estresse emocional
· Certas drogas
· Sistema imunológico enfraquecido
· Alteração hormonal em mulheres
· Lesão física ou trauma
Acredita-se que, na maioria das
pessoas contaminadas, é ainda na infância que ocorre o primeiro contato com o
vírus do herpes.
A interação entre as crianças e
adolescentes, além do contato com os adultos já contaminados faz com que o
agente infeccioso seja disseminado com bastante facilidade e, por isso, a
porcentagem de pessoas contaminadas é bastante alta.
Segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), dois terços da população mundial abaixo de 50 anos foi exposta
ao vírus do herpes simples, fazendo com que a infecção represente números
alarmantes.
Ainda que os lábios sejam a
região mais afetada, a doença também pode causar feridas na gengiva, língua, palato,
mucosa das bochechas e até na pele do rosto e do pescoço.
A infecção passa por um período
de latência, ou seja, ela pode estar presente no organismo e não desenvolver os
sintomas, fazendo com que a infecção não seja reconhecida pelo paciente. Esse
período pode ser de alguns meses ou durar uma vida toda.
Clinicamente, o herpes
recorrente passa por algumas fases de evolução da manifestação do vírus.
Conhecer cada um deles permite que o odontólogo execute um diagnóstico preciso
e um tratamento eficaz. Tudo começa com uma ardência discreta e sensibilidade
no local que as lesões vão se formar. Em cerca de 24 horas, surgem as primeiras
manchas avermelhadas e doloridas. Após essa fase, as lesões evoluem para
vesículas, pequenas bolhas agrupadas, que em cerca de quatro dias se rompem,
deixando pequenas crostas que podem durar duas semanas. No final este período, os
sinais clínicos desaparecem e o vírus entra em estado de latência.
Isso significa que, mesmo sendo
realizado o tratamento correto, o vírus não é eliminado. O paciente fica sem
produzir nenhum sinal ou sintoma até que ocorra alguma alteração capaz de
ativá-lo novamente, como queda de imunidade, estresse, exposição prolongada ao
sol, infecções ou trauma local. Daí, as lesões voltam a aparecer, geralmente no
mesmo local, e inicia-se um novo ciclo.
O Período Prodrômico do herpes
simples recorrente peribucal ocorre até 24 horas antes da doença se manifestar explicitamente
e se caracteriza pela sutileza. A identificação desse período permite
antecipar-se à manifestação clínica exuberante, prevenindo-se de lesões maiores
e desconfortáveis. Quando as lesões herpéticas são diagnosticadas no período
prodrômico e a terapêutica aplicada, os resultados são muito melhores e as
lesões clinicamente ativas podem até ser evitadas.
O portador de herpes simples
recorrente labial pode prever com antecedência de até 24 horas o aparecimento
das vesículas e bolhas, pois detecta a sintomatologia: o local fica dolorido
nas primeiras 12 horas, depois torna-se discretamente edemaciado, com prurido e
ardência. Quase sempre, junto com estes sintomas, o local apresenta-se
eritematoso (avermelhado).
Geralmente, o herpes pode curar
dentro de duas semanas de seu início, mesmo sem tratamento. No entanto, certos
tratamentos podem ajudar a reduzir os sintomas e reduzir o tempo de duração das
úlceras.
O tratamento para herpes labial
pode ser orientado por um cirurgião-dentista, médico ou farmacêutico.
Pode-se realizar o tratamento
com o uso de pomadas como:
·
Zovirax (aciclovir), que deve ser aplicada a
cada 4 horas, durante cerca de 7 dias;
·
Dermacerium HS gel (sulfadiazina de prata +
nitrato de cério), que deve ser aplicada cerca de 3 vezes ao dia, até completa
cicatrização;
·
Penvir lábial (penciclovir), que deve ser
aplicada a cada 2 horas, durante cerca de 4 dias;
Uma alternativa às pomadas,
pode-se usar um curativo líquido na lesão, que vai contribuir para a
cicatrização e alívio da dor causada pela herpes. Além disso, este adesivo
também impede a contaminação e a propagação do vírus e é transparente, sendo
por isso muito discreto.
O exemplo de um curativo líquido é o Filmogel
para Herpes labial, da Mercurochrome, que pode ser aplicado 2 a 4 vezes ao dia.
Os medicamentos antivirais mais usados para o tratamento de herpes labial são o aciclovir (Zovirax,
Hervirax), o valaciclovir (Valtrex, Herpstal) e o famciclovir (Penvir). Entretanto, a automedicação não é indicada. O odontólogo irá prescrever a posologia indicada
de acordo com a fase de latência que o vírus estará no momento do exame
clínico e consequentemente será elaborado um planejamento
terapêutico efetivo.
Uma outra forma de diminuir a
frequência do herpes é tomar um suplemento de lisina em cápsulas. Basta tomar 1
ou 2 cápsulas de 500 mg, por dia, durante 3 meses, ou segundo a orientação do dentista,
médico ou farmacêutico. As cápsulas devem ser tomadas quando as crostas (feridinhas
do herpes) estiverem melhorando, e vão impedir que elas se manifestem
novamente, diminuindo também a sua intensidade.
O laser terapêutico de baixa
intensidade, utilizado por mim, Dr Cristiano Trindade, que escrevo este artigo ao blog, vai reduzir a carga viral, acelerar a
cicatrização, aliviar a dor e ainda reparar os tecidos traumatizados. O
tratamento pode ser feito assim que surgirem os primeiros sintomas do herpes
simples, como coceira no local, ou quando já está instalada a lesão. Para obter
sucesso no tratamento, a aplicação deve ser feita no paciente por três dias
consecutivos, pelo menos, e repetida todas as vezes que as lesões aparecerem,
segundo a odontologista. No segundo dia, a lesão já começa a secar. No
terceiro, ela praticamente não existe.
Importante saber que o herpes pode
estar associado alguma outra patologia e o contato com o médico infectologista é necessário para ter um melhor controle preventivo - diagnóstico do quadro geral de saúde, constituindo assim um protocolo integral da saúde.
CONSULTE O PROFISSIONAL, ANTES DE UTILIZAR QUALQUER MEDICAÇÃO
Por Cristiano Trindade
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