USP: 30 milhões de brasileiros já sofrem com algum tipo de bruxismo
"Resultados de uma pesquisa na faculdade de odontologia de Ribeirão Preto (FORP) USP revelaram que a espessura dos músculos da mastigação e da força da mordida não se alteram e também confirmou que as piores condições na qualidade de vida desse público que sofre de sono ruim,stress,cansaço muscular provocado pelo ranger e apertar dos dentes e outras associações estão diretamente ligadas com algum o tipo de bruxismo."
Esta postagem aborda os tipos de bruxismo de vigília e de sono.
Para ter um
diagnóstico preciso de bruxismo e elaborar um plano de tratamento efetivo, é
preciso fazer uma anamnese completa, ouvir as queixas do paciente, avaliação
clínica e semiológica e acima de tudo ter um profissional consciente com
domínio do conteúdo e capacitado.
É muito
importante relatar ao seu dentista se sofre de dor na região das têmporas e da
face e também sobre hábitos que parecem não ter relação, como roer unhas,
mascar chicletes e morder canetas e é claro, se mantém os dentes encostados
durante o dia. Observações clínicas sugerem que, no mesmo indivíduo, o tempo
"apertando" os dentes durante o dia é consideravelmente maior que o
tempo rangendo os dentes durante o sono.
O bruxismo de
vigília é caracterizado normalmente pelo paciente estar acordado e em períodos
longos estar apertando ou encostando os dentes, principalmente em momentos de
tensão, estresse ou até mesmo quando está concentrada lendo um livro,
estudando, usando o computador ou assistindo TV. O bruxismo em vigília pode
aparecer como efeito colateral de algumas medicações, sobretudo medicações
utilizadas no tratamento da ansiedade; ou em usuário de drogas como a cocaína,
por exemplo. Pacientes que sofrem de alterações neurológicas (paralisia
cerebral,Parkinson) podem apresentar também um bruxismo secundário.
O bruxismo do
sono, como o nome sugere acontece inconsciente / nas fases do sono, tendo como
característica de rangimento / apertamento de alta intensidade e baixa
frequência, pode levar a desgaste e até fraturas das estruturas dentárias, mas
dificilmente provocará, sozinho, dores na cabeça e na face.O bruxismo do sono é
considerado, quando patológico, muito grave”, alerta o pesquisador, já que
influencia a qualidade de vida do ser humano, podendo provocar o “desequilíbrio
funcional dos músculos da mastigação.Manifesta-se por movimentos repetitivos da
boca (mandíbula), decorrentes da atividade rítmica do músculo masseter,
associado aos microdespertares durante o sono e ranger e/ou apertar dos
dentes.É observado em todas as faixas etárias, sendo mais frequente dos 15 aos
40 anos. Atinge cerca de 80% a 95% da população mundial em alguma fase da vida.
Aproximadamente 30 milhões de brasileiros desenvolvem o bruxismo do sono.
Uma consulta com
cirurgião-dentista é indicada caso de queixas semelhantes as citadas nesta
postagem, para um diagnóstico correto, seguido de um planejamento específico e
resultados satisfatórios.Quem tem bruxismo noturno, deve solicitar uma
avaliação por um dentista que trabalhará para instalar e controlar a utilização
de uma placa de relaxamento muscular e
de proteção dental como uma etapa do tratamento. Em relação ao bruxismo de
vigília, agende uma consulta pois, caso exista uma associação à cefaleias tensionas, distúrbios
da ATM e zumbidos, a intervenção clínica é de extrema importância. Muitas vezes
a aplicação da toxina botulínica estabilizando os músculos da face também é uma
alternativa de tratamento.
Reabilitação oral(dentística e prótese), implantodontia, ortodontia, endodontia e periodontia merecem uma atenção diferenciada pelos especialistas.
Reabilitação oral(dentística e prótese), implantodontia, ortodontia, endodontia e periodontia merecem uma atenção diferenciada pelos especialistas.
Tanto o bruxismo
de vigília como o do sono necessitam de tratamento realizado por uma equipe multidisciplinar, integrando
além da Odontologia, os Psicólogos,
Psiquiatras, Clínica Médica, Fisioterapeuta entre outros profissionais.
As pesquisas mais
recentes mostram que o bruxismo de vigília, sendo de baixa intensidade e de
alta frequência está se tornando num dos grandes fatores de risco para os
distúrbios orofaciais, além de causar sérias complicações
Muitas vezes o
bruxismo de vigília é confundido com o bruxismo do sono, pois apresenta alguns
sintomas parecidos, como dor de cabeça, pescoço e maxilar, dor na ATM e até
zumbido. Mas, o que muita gente não sabe, é que este tipo de mal pode ser
diretamente associado à ansiedade e estresse. Cerca de 80% da população mundial sofrem
com este problema.
Faça uma
avaliação odontológica em caso do dúvidas sobre o bruxismo!
Por, Cristiano Trindade
Excelente artigo!
ResponderExcluirParabéns!